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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Judaísmo Messiânico

Judaísmo Messiânico



Todos esses anos eu tenho desafiado os excessos que há dentro do
movimento dos  Messiânicos. Tornamos a nossa cultura muito mais
importante do que o próprio evangelho e deixamos que nossa identidade étnica se
transformasse em um ídolo.

Ao mesmo tempo, há muitos outros que nunca chegaram a ter um
entendimento claro dos aspectos da fé "Messiânica". Se você se pergunta "Por que
Messiânico?", então, este artigo é para você. 






O QUE É O JUDAÍSMO MESSIÂNICO?

Judaísmo Messiânico não é um movimento completamente novo, mas antes a ressurreição de um movimento muito antigo. A identidade descrita sob o termo "Judaísmo Messiânico" era a identidade dos apóstolos e a comunidade de seguidores judeus "do Caminho" no primeiro e segundo séculos.

Judaísmo Messiânico é considerado por seus partidários como a mais recente fase no desenvolvimento histórico do autêntico Judaísmo Bíblico. É a religião de Abraão, Moisés, Davi, e dos profetas, cumprida pela vinda de Yehoshua o Messias.



1 - Contexto Cultural do Evangelho (Besorá)

"Procedi, para com os judeus, como judeu" - I Coríntios 9.20

Nos anos 70, quando o povo judeu começou a abrir seu coração para o
evangelho (dentro do tempo predito na Nova Aliança - Lucas 21.24,
Romanos 11:25), percebeu-se que havia a necessidade de apresentar a mensagem da
salvação de forma que fosse culturalmente relevante. Se era tão
importante compartilhar o evangelho levando-se em conta a cultura local, maior
cuidado deveria se ter com os judeus.

No caso do povo judeu acontece que, o que é culturalmente relevante,
também é contexto histórico atual dos escritos da Nova Aliança. Isto teve o
benefício adicional de ajudar os Messiânicos a entenderem os
ensinamentos de Yehoshua em seu contexto original.


2 - A Verdade Consistente da Torah

"Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas" - Mateus 5.17

Através do sacrifício de Yehoshua fomos libertos do castigo que
merecíamos por termos quebrado a Lei. Neste sentido, já não estamos mais "debaixo da Lei". Todavia, isto não quer dizer que os valores absolutos morais da Lei
não se aplicam mais a nós.

A Nova Aliança não "invalida" a Lei mas, pelo contrário, escreve-a em
nosso coração (Jeremias 31.31). Para que qualquer sistema sobre a verdade
seja válido, ele tem que ser consistente em si mesmo. Contradições
testificam contra a verdade. Se a Nova Aliança fosse para contradizer
previamente a Escrituras contidas na Lei, ou nos profetas, então, ela não seria
verdade.

No Sermão da Montanha, Yehoshua nos instrui quanto ao
verdadeiro "significado" da Lei. Neste sentido, Ele faz com que a Lei se torne ainda mais exigente. Para aqueles que dizem que não precisam mais cumprir a Lei, eu
pergunto: "Qual dos Dez Mandamentos vocês planejam NÃO cumprir?" O
Cristianismo, sem um entendimento correto da Torá, perde sua própria coragem moral e integridade.


3 - Destino Contínuo da Nação dos Judeus

"Terá o Criador, porventura, rejeitado o seu povo? De modo nenhum!" -
Romanos 11 "Que será o seu restabelecimento?" - Romanos 11.15

A Teologia da Substituição e da Dispensação diz que o papel dos
judeus como o povo escolhido só tem um significado no passado, não no presente,
nem no futuro. Mas Romanos 11 ensina que eles ainda são o "Seu povo" no tempo
presente, a despeito deles mesmo não crerem nisto. E eles passarão
por uma restauração que ainda está por vir.

Todos os Messiânicos que verdadeiramente nasceram de novo também
são "povo escolhido". Todavia, esta escolha universal não subtrai o chamado do
povo judeu, mas sim, acrescenta. As pessoas que confiar (fé) no Messias Yehoshua está "enxertada" em
Israel (Romanos 11.17).

O chamado da igreja, na verdade, reafirma o chamado de Israel, ao
invés de substituí-lo. Durante os anos 80, quando os muitos aspectos
apostólicos da igreja primitiva estavam sendo restaurados, o também importante
destino de Israel estava sendo redescoberto por muitos.


4 - Crucificação do Rei de Israel

"E, por cima estava, em epígrafe, a sua acusação: O REI DOS JUDEUS." -
Marcos 15.26 "Desça agora da cruz o Messias, o rei de Israel." - Marcos 15.32

Yehoshua foi crucificado não apenas porque era o Cordeiro do Criador que
tira o pecado do mundo, mas porque também era o Rei de Israel que em breve
voltará para reinar sobre a terra. Foi a mão soberana do Criador que guiou
Pilatos para que inscrevesse "Rei dos Judeus" sobre a cabeça de Yehoshua na cruz.

Por parte dos homens, a crucificação foi um ato de rebelião contra a
autoridade de Yehoshua como Rei, especificamente o Rei dos Judeus. Foi
um ato de rejeição da Sua Soberania e da Sua condição de judeu. E da parte
do Criador, a cruz era uma declaração da autoridade de Yehoshua. O Criador
estava "cravando Sua declaração" do direito de governar sobre este planeta (Salmos 2). A autoridade geral de Yehoshua vem através da Sua posição como Rei dos
judeus.

Se Yehoshua não é o Rei dos judeus, então ele não é rei de ninguém.
Assim, negar sua condição de judeu é negar a Sua soberania. A cruz é a
exigência do Criador para que aceitemos Yehoshua como Rei e como judeu.
Yehoshua não é apenas o Filho do Criador, mas também é o Filho de Davi (Romanos 1
3). Quando Ele voltar, ainda será o Filho de Davi (Apocalipse 22.16).




5 - A Capital do Reino Milenar

"Porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor de Jerusalém." - Isaias 23

A declaração de que "Yehoshua já cumpriu todas as profecias acerca do
Messias" não é verdadeira. As profecias concernentes ao Seu nascimento, morte,
ressurreição e ascensão já foram cumpridas. Mas aquelas relacionadas
com a Segunda Vinda ainda vão acontecer.

Quando Yehoshua retornar, Ele estabelecerá o Seu reino na terra. Haverá
paz e prosperidade (Isaias 2.3, Miquéias 4.4); haverá um só governo com
Yehoshua como Rei e Jerusalém como a capital. As nações virão para Jerusalém
celebrar as festas e adorar Yehoshua como Rei (Zacarias 14.16).

Naquele tempo todas as expectativas judaicas tradicionais
relacionadas ao reino messiânico serão cumpridas. A Bíblia até indica que haverá a
reconstrução de um novo Templo (Ezequiel 40). Em outras palavras, o
futuro parece bem judeu. Mas, como tudo isto acontecerá debaixo do senhorio
de Yehoshua, o Messias, o futuro será também bem messiânico.

O povo judeu em volta do mundo terá que se acostumar com a parte
relacionada a "Yehoshua" e os Messiânicos também terão que se acostumar com a parte
relacionada aos "Judeus". Assim, bem que poderíamos começar
imediatamente. E é isto o que significa Judaísmo Messiânico. Em resumo, não se trata do que as tradições judaicas têm para dizer; nem o que a teologia cristã-gentia quer falar mas sim o que a Bíblia tem para declarar.

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